Mon Amour

Mon Amour
My sweet Dream

segunda-feira, 7 de março de 2011

Musicas Para Meus Amigos ... (heheheh)

Esses Trechos de Musicas São a Cara dessas Pessoas em Relação a Minha Pessoa.



Hianna Mara
Você não vale nada,
Mas eu gosto de você!
Você não vale nada,
Mas eu gosto de você!
Tudo que eu queria
Era saber porquê?!?




Abaiara


Você é doida demais
Você é doida demais
E você é doida demais

Doida, muito doida
Você é doida demais




 Coração
Amigos para sempre é o que nós iremos ser
Na primavera ou em qualquer das estações
Nas horas tristes nos momentos de prazer
Amigos para sempre








Tulipa Ou Dr. Sheldon Cooper




Friendship is rare,
Do you know what I'm sayin' to you?
Friendship is rare.





Escoliose ou Pequena

Ali vai a pequena adorada
És meu único sonho querido
Minha ternura tão bonita
Minha princesinha tão sonhada



Rafa
 
O melhor amigo do homem num é o cão!!
Mas eu te ataco feito um pit-bull se mexer com meu irmão!!
Tô contigo e não abro!! 






Monnisy ou Pessoa

No one can destroy the metal
The metal will strike you down with a vicious blow
We are the vanquished foes of the metal
We tried to win for why we do not know





Wils ou Margarida



Porque eu nasci pra ser maluco
E te fazer a tradução
Do que é ser um bom maluco
Do que é ser um maluco sangue bom






Marmiteira ou Anginha


Escute o que diz seu coração
Não fique em casa nesta sexta feira
Tome café com muita Coca-Cola
Não tenha medo de cair

nesta farra




obs: POvimmmmm
 

sexta-feira, 4 de março de 2011

Loucura da Aula de Pneumo

Loucura Feita na Aula de Pneumo ^^... Com Plateia hehhehehe....

Obs: Plágio é Crime

 

Mundo

Liberdade de expressão
Anarquia, explosão
Filho morto abandonado
Submundo desgovernado
Filho novo estuprado,
O medo e a loucura do seu lado
Da justiça do novo mundo
Morto mas um vagabundo

Mãe chora a esperar, Seu filho morto chegar
Seu pai chorando, pois sua filha está amando
Um novo vagabundo, desse nosso submundo
Onde estão nossos lares, onde ficam nossos lugares
onde está a justiça, de uma política bem de vida
Onde, cadê, por que... nosso mundo é assim?
Onde, cadê, por que... nosso mundo é assim?
Onde, cadê, por que... nosso mundo é assim?
Onde... Nossas vidas... Cadê... Nossas vidas... Por que... Nossas vidas... O mundo simplesmente é assim





Sarah Heyde

AS RAZÕES DO AMOR- RUBEM ALVES

"Os místicos e os apaixonados concordam em que o amor não tem razões. Angelus Silésius, místico medieval, disse que ele é como a rosa : "A rosa não tem"porquês". Ela floresce porque floresce." Drummond repetiu a mesma coisa no seu poema As Sem-Razões do Amor. É possível que ele tenha se inspirado nestes versos mesmo sem nunca os ter lido, pois as coisas do amor circulam com o vento.

"Eu te amo porque te amo..." - sem razões... "Não precisas ser amante, e nem sempre sabes sê-lo." Meu amor independe do que me fazes. Não cresce do que me dás. Se fosse assim ele flutuaria ao sabor dos teus gestos. Teria razões e explicações. Se um dia teus
gestos de amante me faltassem, ele morreria como a flor arrancada da terra. "Amor é estado de graça e com amor não se paga." Nada mais falso do que o ditado popular que afirma que "amor com amor se paga". O amor não é regido pela lógica das trocas comerciais. Nada te devo. Nada me deves. Como a rosa que floresce porque floresce, eu te amo porque te amo.

"Amor é dado de graça, é semeado no vento, na cachoeira, no eclipse. Amor foge a dicionários e a
regulamentos vários... Amor não se troca... Porque amor é amor a nada, feliz e forte em si mesmo..." Drummond tinha de estar apaixonado ao escrever estes versos. Só os apaixonados acreditam que o amor seja assim, tão sem razões. Mas eu, talvez por não estar apaixonado (o que é uma pena...), suspeito que o coração tenha regulamentos e dicionários, e Pascal me apoiaria, pois foi ele quem disse que "o coração tem razões que a própria razão desconhece". Não é que
faltem razões ao coração, mas que suas razões estão escritas numa língua que desconhecemos.
Destas razões escritas em língua estranha o próprio Drummond tinha conhecimento, e se perguntava: "Como decifrar pictogramas de há 10 mil anos se nem sei decifrar minha escrita interior? A verdade essencial é o desconhecido que me habita e a cada amanhecer me dá um soco." O amor será isto: um soco que o desconhecido me dá?

Ao apaixonado a decifração desta língua está proibida, pois se ele a entender, o amor se irá. Como na história de Barba Azul: se a porta proibida for aberta, a felicidade estará perdida. Foi assim que o paraíso se perdeu: quando o amor - frágil bolha de sabão - não contente com sua felicidade inconsciente, se deixou morder pelo desejo de saber. O amor não sabia que sua felicidade só pode existir na ignorância das suas razões. Kierkegaard comentava o absurdo de se pedir aos amantes explicações para o seu amor. A esta pergunta eles só possuem uma resposta: o silêncio. Mas que se lhes peça simplesmente falar sobre o seu amor - sem explicar. E eles falarão por dias, sem parar... Mas - eu já disse - não estou apaixonado. Olho para o amor com olhos de suspeita, curiosos. Quero decifrar sua língua desconhecida. Procuro, ao contrário do Drummond, as cem razões do amor...

Vou a Santo Agostinho, em busca de sua sabedoria. Releio as Confissões, texto de um velho que meditava sobre o amor sem estar apaixonado. Possivelmente aí se encontre a análise mais penetrante das razões do amor jamais escrita. E me defronto com a pergunta que nenhum apaixonado poderia jamais fazer: "Que é que eu amo quando amo o meu Deus?" Imaginem que um apaixonado fizesse essa pergunta à sua amada: "Que é que eu amo quando te amo?" Seria, talvez, o fim de uma estória de amor. Pois esta pergunta revela um segredo que nenhum amante pode suportar: que ao amar a amada o amante está amando uma outra coisa que não é ela. Nas
palavras de Hermann Hesse, "o que amamos é sempre um símbolo". Daí, conclui ele, a impossibilidade de fixar o seu amor em qualquer coisa sobre a terra..."


Amizade... ^^

Rubem Alves
(do livro 'O retorno e Terno')

Lembrei-me dele e senti saudades... Tanto tempo que a gente não se vê! Dei-me conta, com uma intensidade incomum, da coisa rara que é a amizade. E, no entanto, é a coisa mais alegre que a vida nos dá. A beleza da poesia, da música, da natureza, as delícias da boa comida e da bebida perdem o gosto e ficam meio tristes quando não temos um amigo com quem compartilhá-las. Acho mesmo que tudo o que fazemos na vida pode se resumir nisto: a busca de um amigo, uma luta contra a solidão...

Lembrei-me de um trecho de Jean-Christophe, que li quando era jovem, e do qual nunca me esqueci. Romain Rolland descreve a primeira experiência com a amizade do seu herói adolescente. Já conhecera muitas pessoas nos curtos anos de sua vida. Mas o que experimentava naquele momento era diferente de tudo que já sentira antes. O encontro acontecera de repente, mas era como se já tivessem sido amigos a vida inteira.

A experiência da amizade parece ter suas raízes fora do tempo, na eternidade. Um amigo é alguém com quem estivemos desde sempre. Pela primeira vez estando com alguém, não sentia necessidade de falar. Bastava a alegria de estarem juntos, um ao lado do outro.

"Christophe voltou sozinho dentro da noite. Seu coração cantava 'Tenho um amigo, tenho um amigo!' Nada via. Nada ouvia. Não pensava em mais nada. Estava morto de sono e adormeceu assim que se deitou. Mas durante a noite fora acordado duas ou três vezes, como que por uma idéia fixa. Repetia para si mesmo: 'Tenho um amigo', e tornava a adormecer."

Jean-Christophe compreendera a essência da amizade. Amiga é aquela pessoa em cuja companhia não é preciso falar. Você tem aqui um teste para saber quantos amigos você tem. Se o silêncio entre vocês dois lhe causa ansiedade, se quando o assunto foge você se põe a procurar palavras para encher o vazio e manter a conversa animada, então a pessoa com quem você está não é sua amiga. Porque um amigo é alguém cuja presença procuramos não por causa daquilo que se vai fazer juntos, seja bater papo, comer, jogar ou transar. Até que tudo isso pode acontecer. Mas a diferença está em que, quando a pessoa não é amiga, terminando o alegre e animado programa, vêm o silêncio e o vazio - que são insuportáveis. Nesse momento o outro se transforma num incômodo que entulha o espaço e cuja despedida se espera com ansiedade.

   Com o amigo é diferente. Não é preciso falar. Basta a alegria de estarem juntos, um ao lado do outro. Amigo é alguém cuja simples presença traz alegria, independentemente do que se faça ou diga. A amizade anda por caminhos que não passam pelos programas.

Uma estória oriental conta de uma árvore solitária que se via no alto da montanha. Não tinha sido sempre assim. Em tempos passados a montanha estivera coberta de árvores maravilhosas, altas e esguias, que os lenhadores cortaram e venderam. Mas aquela árvore era torta, não podia será transformada em tábuas. Inútil para os seus propósitos, os lenhadores a deixaram lá. Depois vieram os caçadores das essências em busca de madeiras perfumadas. Mas a árvore torta, por não ter cheiro algum, foi desprezada e lá ficou. Por ser inútil, sobreviveu. Hoje ela está sozinha na montanha. Os viajantes se assentam sob a sua sombra e descansam.

Um amigo é como aquela árvore. Vive de sua inutilidade. Pode até ser útil eventualmente, mas não é isso que o torna amigo. Sua inútil e fiel presença silenciosa torna a nossa solidão uma experiência de comunhão. Diante do amigo, sabemos que não estamos sós. E alegria maior não pode existir.